quarta-feira, fevereiro 21, 2007

O Mito da Europa

«A princesa Europa nasceu no mediterrâneo e era filha de Agenor o rei fenício de Sídon, segundo os mitos gerados nas cidades que se levantam de um lado e do outro do Mar Egeu. Zeus, o rei dos deuses, tinha-se apaixonado loucamente por ela. Certo dia, a princesa passeava na praia com as suas companheiras, quando Zeus tomou a forma de um touro branco e mansamente se veio deitar a seus pés. Europa acariciou primeiro o animal, e depois deixou-se subir para o seu dorso. Nesse momento, o touro levantou-se impetuosamente e cavalgando as ondas do mediterrâneo foi deposita-la debaixo de um plátano na ilha de Creta, ilha onde Zeus tinha passado a sua infância.Diz o poeta Mosco de Alexandria, que Europa, rainha de Creta, foi “mãe de filhos gloriosos cujos ceptros hão-de acabar por dominar todos os homens da terra”.Este quadro da filha do rei fenício raptada por um touro, divindade cretense mas igualmente de fenícios e arameus, não fica completo sem uma referência ao sonho da bela princesa. Europa tinha tido um pesadelo perturbante no dia anterior ao rapto, no qual duas mulheres exigiam a autoridade sobre ela, uma delas representava a Ásia e declarava ser sua mãe; a outra que simbolizava um continente desconhecido (América), afirmava que Europa lhe tinha sido dada por Zeus.Nos mitos gerados no mar egeu, Europa é, deste modo, o nome que se deu a um novo continente que tem a Ásia por mãe. Sabemos hoje, através da arqueologia, que a civilização europeia viajou no mediterrâneo na proa dos barcos fenícios, e Creta é o seu primeiro pólo, mas que esta civilização se desenvolveu igualmente como resultado das ligações terrestres que uniram a Europa à Ásia através da actual Turquia.Se a civilização europeia nasceu na fenícia, é através de Ulisses que vem até ao ocidente mediterrânico, e até ao território actualmente português, trazida pelas diásporas fenícias, cartaginenses e romanas».

Adaptado de http://www.umoderna.pt/tejo/turquia/re.htm
Post By: Pedro Russo

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A Europa vista assim

Foi um Verão de viagem, por esse espaço gigante banhado por mil mares e
outras tantas línguas que decidiram chamar de Europa.
E a parte chamaram-lhe União Europeia, retocando-lhe as froteiras para parecerem mais ténues.
Eu vi tantas caras que já me esqueci, mas não esquecerei as conversas. As ideias vincadas e as ideias repentinas. As histórias das marcas que ainda não foram esquecidas, as Jugoslávias, as influências soviéticas e holocaustos. As pessoas não se esquecem... mas a vida continua.
E no contexto do hoje, a convergência é evidente. As portas estão abertas e os sorrisos saúdam-nos.
Esta facilidade não me surpreende porque vivo nesta época, mas por vezes é
necessário lembrar quando não tivemos para valorizar o que temos. E antes houve tempos demasiado grandes em que não havia sorrisos, havia vistos, autorizações, perguntas e atritos políticos.
De facto temos uma Europa a duas ou mais velocidades. Não é mentira nenhuma.
Mas da visão que tirei, sente-se que a qualidade de vida e a opções de futuro tendem a equiparar-se.
A globalização e os mercados capitalistas agregam os gostos, as oportunidades e alguns comportamentos(não necessariamente nivelados por cima).
O inglês ajuda no resto.
Vi mais do que fotografei e na retina ficou uma diversidade que tem de ser
preservada.
Não há Estados Unidos da Europa que se sobreponham a isso.

"Sentes que és um cidadão europeu apesar de ser difícil defini-lo?".
"SIM".

Post by: João Campos Silva ( Instituto Superior Técnico )