segunda-feira, novembro 27, 2006

O Quinto Alargamento ? O Colapso da Europa?

Por Fábio Vieira

Com a queda do muro de Berlim em 1989 a Europa confrontou-se com a necessidade de pôr termo a uma divisão fratricida. A Europa sabia que apoiando as jovens democracias de Leste e preparando-as para uma futura adesão, seria o melhor caminho para o fortalecimento e sedimentação do seu processo democrático.
A magnitude do esforço empreendido pelos anteriores 15 Estados ?Membros comporta aspectos institucionais, financeiros e culturais sem precedentes na construção histórica da União Europeia. Todavia os custos de um «não alargamento» seriam sem dúvida superiores e com claros prejuízos para todos.
Ora o que se pretende aqui não é um mero acto de caridade cómodo, é sim, uma oportunidade única para se promover a igualdade, a justiça, e um projecto comum que beneficia, não só os novos Estados-Membros, mas também aqueles que os acolhem num espírito de inter-ajuda.
A entrada para a U.E do Chipre, da Republica Checa, da Estónia, da Hungria, da Letónia, da Lituânia, de Malta, da Polónia, da Eslováquia e da Eslovénia, é na afirmação do Parlamento Europeu ?uma obrigação moral, é necessário em termos estratégicos e é exequível no plano político?.
Contudo muitas vozes insurgiram-se e tem-se insurgido contra este alargamento, baseando a sua argumentação em pretextos mesquinhos, nacionalistas e pouco tolerantes. A questão fulcral neste alargamento não é a diminuição de subsídios, nem da redução das verbas disponíveis pelos Quadros Comunitários de Apoio, o essencial deste processo inevitável é a abertura de horizontes e de infindáveis oportunidades que só enriquecem a nossa identidade europeia, sem atropelar a nossa identidade nacional.
É necessário que sobretudo portugueses, espanhóis e gregos não tenham memória curta, que tenham bem presente que quando nós entrámos éramos como os países que recentemente se juntaram a nós na demanda de uma Europa e de um Mundo melhor. Não se trata de uma luta para ver quem mais lucra com a Europa, mas sim, de conjugar esforços beneficiando das economias de escala. Não se veja este momento histórico determinante como uma fragmentação da Europa mas sim como uma oportunidade que devemos apoiar e promover no mesmo espírito que outros fizeram connosco.

6 comentários:

Anónimo disse...

este blog é marado tenho o artigo cheio de pontos de interrogação...

Anónimo disse...

não é so o blog que é marado....
tu andas lá perto...

Anónimo disse...

Tens razão fabio isso tb já me aconteceu.....

Anónimo disse...

Muito bem.
E como se governa a 25 ? Alguém tem um quarto de ideia de como isso é praticamente impossível neste momento? E a 27 para o ano?

De resto estou de acordo com o discurso sempre politicamente correcto do colega fabio.

Abraços

Anónimo disse...

Governa-se a 25 ou 27 com o "Tratado Constitucional".
Infelizmente os amigos franceses e holandeses fizeram birra e fizeram-nos desperdição uma oportunidade de ouro para avançar um capitulo na integração europeia.
Até porque o actual desenho institucional e administrativo é incompativel com tantos membros.
Agora resta-nos esperar para ver como esta sitação será resolvida.

Unidos na Diversidade disse...

estou de acordo.

mas com cerca de 500 artigos é fácil fazer uma campanha pelo não.

Ser contente por blog estar funcionar.

:)

uduh